Soledad sentou-se em frente ao computador, doida pra escrever um texto, mas assim que ela colocou a mão no teclado, deu "um branco" nela! Ela ficou desesperada porque o texto estava todo na sua cabeça... E de repente isso?
_ E agora? O que eu faço? O que eu vou escrever? Estou sem inspiração pra nada! E o texto "tava prontim" na minha cabeça! Droga de vida!
Soledad abre o MSN, e procura alguém pra bater papo, quem sabe sua inspiração venha de alguma coisa que um amigo fale, de algum fato engraçado? Mas triste do jeito que ela estava, pelo passamento de um grande amigo, ela só fazia chorar, por mais que não quisesse; pois as lágrimas "brotavam" de seus olhos e teimavam em escorrer pelo seu rosto. Decidiu escutar música, e abriu o "Ares" e escolheu a esmo, uma música qualquer... "O Sol - Jota Quest" que fala da dor, do medo...
Pensativa, ficou escutando a música de olhos fechados, meditando nela... Encontrando alguma coisa que a levasse escrever algo de bom. Nada! A música, em vez de ajudar, piorou a situação... Soledad não se deu por vencida... Escolheu outra música... "Borboletas - Vítor e Léo"... Pelo menos essa música fala de borboletas, jardim...amores errados... Daria para criar um texto interessante!
_Não! o texto que ia escrever falava de outro assunto... nada de amores errados...
Mas sinceramente, não lembro o que era!!! Essa morte está me fazendo ficar muito pensativa, tô divagando demais...
De repente seu filho entra em casa com a namorada e mais uma vez leva toda sua inspiração embora... Eles conversam sobre outros assuntos, além daquele que ela buscava para escrever o texto.
Mais uma música - "A paixão me pegou - Revelação" , um pagode... Quem sabe daí um texto, uma inspiração qualquer?
Dos diversos assuntos falados com o filho, Soledad ficou com um na cabeça... Enquanto ela tinha ido ao banheiro, o filho leu uma conversa dela no MSN com a mãe da namorada dele, a sogra... Ela havia falado para Soledad que não gostou do que o filho desta fizera: comprara para a namorada, uma aliança de compromisso, dessas que vendem por aí de prata... A sogra dele fizera um estardalhaço danado falando que aquilo era um compromisso muito forte para dois adolescentes de dezesseis anos e coisa e tal... O filho de Soledad, ao ler aquilo, ficou p... da vida! Saiu de casa, batendo fragorosamente a porta!
Mas antes de sair, indagado pela mãe, João dissera a esta que havia tomado aquela atitude porque para ele, uma aliança de prata, significava RESPEITO. Ou seja, para que ninguém se "metesse a besta" com a namorada dele, porque havia quem cuidasse dela!
Soledad achou graça naquilo e viu que a "sogra" de seu filho, na verdade, estava "fazendo tempestade dentro de um copo d'água". Como diriam os mais antigos.
O filho é que tava certo... A namorada dele merecia respeito mesmo!!!
E o texto que ela queria escrever mesmo? Nada!!! Continuava com o "branco" na cabeça!
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